
QUEMADAS: E AGORA, DE QUEM É A CULPA?
- Carlos Brasil
- 17 de set. de 2024
- 2 min de leitura
À época, o presidente foi alvo de 570 ataques por parte da imprensa. Em Porto Velho, jornais e blogs de grande circulação também o atacavam frequentemente, bem diferente de hoje.

Nos últimos anos, a cobertura da imprensa sobre as queimadas no Brasil e a responsabilização presidencial passou por mudanças significativas, frequentemente influenciadas por vieses políticos e partidários.
Entre 2019 e 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, um consórcio de veículos tradicional frequentemente responsabilizava o presidente pelas queimadas na Amazônia e em outros biomas. Nesse período, Bolsonaro foi alvo de 570 ataques por parte da imprensa, o que resulta em uma média de 142,5 agressões por ano. Ele foi amplamente criticado por suas políticas ambientais, consideradas permissivas em relação ao desmatamento e às queimadas ilegais.

Em Porto Velho, jornais e blogs de grande circulação, com viés político, também responsabilizaram diretamente o presidente. Sites como Rondoniagora, Rondoniaovivo e Diário da Amazônia publicaram matérias que criticavam a gestão ambiental do governo federal, associando o aumento das queimadas à desregulamentação e à redução da fiscalização. O site Diário da Amazônia destacou extensivamente os impactos das queimadas na região, responsabilizando o governo pelas falhas na proteção ambiental.
Em contraste, em 2024, o Brasil enfrenta o maior incêndio florestal de sua história, mas a cobertura da imprensa sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva apresenta uma abordagem diferente. Embora o atual governo também enfrente críticas, a mídia tem se concentrado menos na responsabilização direta do presidente. Em vez disso, o foco tem sido nas medidas que o governo pretende implementar para combater as queimadas e a seca recorde que atinge o país.
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Essa diferença na responsabilização presidencial levanta questões sobre a imparcialidade da cobertura da mídia. Alguns argumentam que a imprensa está sendo mais justa ao considerar os esforços do governo atual, enquanto outros acreditam que a mídia deveria manter um padrão de crítica e cobrança consistente, independentemente de quem esteja no poder.
A evolução da cobertura da imprensa sobre as queimadas e a responsabilização presidencial reflete as dinâmicas políticas e sociais do Brasil. É essencial que a mídia continue a desempenhar seu papel de vigilância, garantindo que as ações governamentais sejam transparentes e eficazes na proteção do meio ambiente, sem vieses políticos ou partidários.
Fonte: Redação



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